sexta-feira, 19 de abril de 2024

A Importância dos Multivitamínicos para Atletas

 






No mundo do esporte, onde cada movimento é estrategicamente calculado e cada desafio enfrentado demanda um nível de desempenho excepcional, a nutrição desempenha um papel fundamental.

Atletas estão constantemente desafiando seus corpos e demandando mais de si mesmos, tornando essencial fornecer os nutrientes adequados para suportar seu desempenho atlético e promover a recuperação.

Benefícios dos Multivitamínicos para Atletas:

O treinamento intenso pode comprometer o sistema imunológico, deixando os atletas mais suscetíveis a infecções. Os multivitamínicos, especialmente aqueles contendo vitamina C, vitamina D e zinco, podem fortalecer o sistema

Vitamina e o magnésio têm propriedades antioxidantes que ajudam a reduzir o estresse oxidativo e a inflamação, facilitando a recuperação muscular e prevenindo lesões. imunológico, reduzindo o risco de doenças.

Recuperação Muscular: Vitaminas e minerais desempenham papéis cruciais na recuperação muscular pós-treino. Por exemplo,

Saúde Óssea: Atletas estão em maior risco de lesões ósseas devido ao impacto constante do treinamento. Multivitamínicos que incluem cálcio, vitamina D e vitamina K podem promover a saúde óssea e reduzir o risco de fraturas e osteoporose.

Metabolismo Energético: As vitaminas do complexo B desempenham um papel crucial no metabolismo energético, convertendo carboidratos, proteínas e gorduras em energia utilizável. Atletas precisam de níveis adequados dessas vitaminas para otimizar a produção de energia durante o exercício.

Quem pode se beneficiar da suplementação: Atletas de todas as modalidades e níveis de habilidade podem se beneficiar da suplementação com multivitamínicos, especialmente aqueles que seguem dietas restritivas, treinam em condições extremas ou têm necessidades aumentadas devido ao treinamento intenso.

É importante ressaltar que os multivitamínicos não substituem uma dieta saudável e equilibrada, mas sim complementam as necessidades nutricionais dos atletas sempre procurar ajudar de um profissional.  

Estagiaria : Francisca viturino

scielo.br/j/rbme/a/jZbTCmtq6BrK8D75SzsBdvk

quinta-feira, 18 de abril de 2024

Qual a importância das fibras na alimentação?

 As fibras são componentes essenciais de uma dieta saudável, conhecidas por seu papel na digestão e inúmeros outros benefícios para a saúde. Este post irá explorar a importância das fibras, como elas podem ajudar pessoas de todos os perfis e biotipos, incluindo atletas e pessoas que querem perder peso. 

Existem 2 tipos de fibras que são classificadas de acordo com a solubilidade em água: as fibras solúveis e insolúveis. 

As fibras solúveis são encontradas em alimentos como aveia, maçã e feijão, e se dissolvem em água para formar uma substância gelatinosa. Elas ajudam a a regular os níveis de açúcar no sangue e reduzem o colesterol. 

Já as fibras insolúveis são encontradas em alimentos como grãos integrais e vegetais, e não se dissolvem em água. Elas ajudam a promover a regularidade intestinal e previne a constipação. Ambos os tipos são importantes para dieta saudável e equilibrada.

Indivíduos que fazem o consumo regular de alimentos ricos em fibras apresentam menores riscos para desenvolvimento de doenças coronarianas, hipertensão, obesidade e diabetes. 

É também recomendado a ingestão adequada de água para que todas essas propriedades sejam possíveis e alcançadas. 

A recomendação de fibras para um adulto saudável pode variar de acordo com a faixa etária, mas a média é de 30 gramas por dia.  


Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes 

Estagiaria: Karinne Ramos 



TERMOGÊNICOS: VILÃO OU MOCINHO? Nutrição na termogênese!

 


Os Termogênicos, muito usados como suplementos, são compostos de substâncias que têm a capacidade de acelerar o metabolismo, oferecendo maior queima de calorias e reduzindo a gordura corporal. São encontrados diversos tipos de termogênicos no mercado, com composições diferentes em sua lista de ingredientes.

Contudo, a termogênese é uma via longa e complexa em nosso corpo, e demanda de vários processos contendo nutrientes e substâncias organizadas e sincronizadas para completar tal ciclo.

Tal processo inicia-se pela lipólise, quando há a quebra dos ácidos graxos (gordura). Para essa quebra acontecer é necessária entre outros quesitos, uma insulina baixa sinalizando ao fígado a condição ideal para tal quebra. Em seguida esses ácidos graxos precisam ser transportados para as células, necessitam de sinalizadores, receptores em perfeito estado. Ainda no caminho é necessário acontecer a oxidação da gordura, que nesse momento já estarão já nas células, mais precisamente nas mitocôndrias, que são nossas usinas energéticas. Caso tenhamos a quebra da gordura, mas não a condição de sua oxidação, ela retornará a ser estocada.

A cautela quanto ao uso dos termogênicos, se dá pelo fato de que esses produtos vendem combos de substâncias, nutrientes com quantidades e combinações não adequadas ao metabolismo de cada indivíduo. Cada um de nós temos nosso próprio metabolismo, assim como temos nossa digital, portanto, o uso de tais suplementos sem um acompanhamento profissional e capacitado pode ser muito prejudicial à construção e manutenção da saúde, bem como, o prejudicar ou impossibilitar o atingimento de metas sobre composição corporal.

Há produtos com muitos ingredientes em sua composição e até bons e importantes ingredientes, outros já possuem poucos ingredientes. Entretanto, a grande maioria deles, com concentrações inadequadas e sem estudos comprobatórios de sua eficácia.

Vale ressaltar que existem poucos estudos sérios, sem conflitos de interesses sobre as inúmeras combinações dessas substâncias encontradas nesses produtos. A  industria de suplementos se utiliza dos estudos de nutrientes de forma isolada, e monta tais combos. A substância mais estudada e comprovada é a cafeína, bem como, sua combinação com o chá verde, outras combinações não são estudadas amplamente. Por essa razão mais de 90% dos termogênicos possuem essa substância como base da sua composição.

Abaixo comparamos 2 rótulos de 2 termogênicos simulares, que oferecem benefícios parecidos, porém, suas composições são muito diferentes. Observamos que a primeira rotulagem contém muitos nutrientes que realmente contribuem para queima da gordura, tem a função estimulante da adrenalina contida na cafeína, contém transportadores de gordura como a l-carnitina, contém as niacinas(B3) importantes na fosforilação importante no metabolismo da gordura, entre outros. Vemos o cromo que está envolvido na metabolização dos carboidratos, contudo, o cromo por exemplo, precisa ser analisado em casos de hipotireoidismo, pois esse metal compete com o iodo, que é essencial na formação dos hormônios tireoidianos.









Vemos que na segunda rotulagem há poucos ingredientes, no entanto, apresentam substâncias com estudos comprovados de sérios efeitos colaterais, como é o caso da sinefrina.

A Sinefrina, quando utilizada em doses fora do recomendado, pode provocar alterações no sistema cardiovascular, tais como, aumento da PA, aumento da frequência cardíaca, e ainda, provoca alterações no SNC, levando a quadros de ansiedade, agitação e tremores no corpo. Quando associada à cafeína, como é caso, a sinefrina pode provocar riscos ainda maiores no sistema cardiovascular, como por exemplo, arritmias, ataques cardíacos e acidente vascular cerebral.

Suplementos a base de sinefrina não são saudáveis, principalmente, quando associada à cafeína e quando consumida em doses elevadas.

Sendo assim, o metabolismo ou a cinética humana é extremamente complexa, e funciona como uma cascata de efeitos a partir de 1 componente e/ou estímulos. Portanto, é imprescindível o acompanhamento especializado de um nutricionista para a construção de sua melhor composição corporal. O nutricionista é o profissional que estuda como funciona seu corpo para ter saúde, e por consequência longevidade. 

Estagiária: Christiane Gallucci 



Referências: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21951331/

Research, Society and Development, v. 10, n.10, e 269101018828, 2021(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI 

Jeukendrup, Asker e Michael Gleeson. Nutrição no esporte: diretrizes nutricionais e bioquímica e fisiologia do exercício . Disponível em: Minha Biblioteca, (3ª edição). Editora Manole, 2021.



quarta-feira, 17 de abril de 2024

Beta-alanina e o desempenho esportivo

 A beta-alanina é um aminoácido não essencial produzido pelo corpo humano, principalmente pelo fígado, em menor quantidade  pelo  intestino  e  pelos  rins, precursor limitante da síntese da carnosina (dipeptídeo  formado  pela combinação da beta-alanina  e  histidina, naturalmente  presente  no  corpo  humano). Este aminoácido possui como importância fisiológica destacada, suas propriedades antioxidantes e a contribuição para a função muscular. 

A suplementação desse aminoácido tem mostrado ligação ao aumento de carnosina, tendo como o esperado uma melhora no desempenho esportivo. Estudos apontam que o uso da beta alanina em exercícios de alta intensidade ajuda no melhor desempenho do músculo, pois por conta da carnosina o músculo tem menos fadiga e tem um melhor resultado muscular. O uso desse aminoácido também demostrou eficacia no aumento da potência ao levantar cargas equivalentes à força máxima do indivíduo ou ao trabalhar na potência máxima.

A beta-alanina é um dos cinco suplementos esportivos reconhecidos pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) que tem evidências suficientes de eficácia para justificar seu uso em situações específicas.

Para realizar a suplementação desse aminoácido é indicado passar com um profissional habilitado, para obter a recomendação da dosagem correta e/ou verificar se é possível/necessário o uso da beta-alanina. 

 A parestesia é o efeito colateral causado pelo uso sem controle e indevido da beta-alanina, o mesmo traz a sensação  de  formigamento,  dormência  ou  coceira  na pele,  podendo  ocorrer  em  diferentes partes  do  corpo.


Referências: https://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/984/741

https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/42214/34195

A dieta Low Carb

 


A dieta Low Carb destaca-se como uma das mais atuais estratégias dietéticas utilizadas para perda de peso.  A dieta low carb ou baixo carboidrato fundamenta-se na redução das quantidades de carboidratos, de forma que esse macronutriente não seja mais o de maior quantidade na alimentação, comparado ao que se utiliza nas orientações nutricionais tradicionais (DRI’s), enfatizando a produção de energia para o organismo através do consumo de proteínas e gorduras.

O princípio da aplicação da dieta pobre em carboidrato fundamenta-se no fato de que havendo uma grande restrição de carboidratos, haverá início de Cetose e oxidação lipídica, causando um efeito de saciedade e um aumento do gasto energético, fatores que devem promover um balanço energético negativo e consequente perda de peso (ATKINS, 1992 apud BREHM et al, 2003).

Neste tipo de estratégia, recomenda-se a redução da ingestão de carboidratos e aumento da proporção de proteínas e gorduras. A proteína promoveria elevação do gasto energético, preservação da massa magra e aumento da saciedade. Esta composição de dieta promoveria menor estimulo à secreção de insulina, quando comparado a dietas tradicionais. O objetivo é diminuir a secreção de insulina, aumentar a oxidação de gorduras – utilizar gorduras como fonte energética e conservar a massa magra corporal. 

A dieta low carb pode trazer outros benefícios como:

Diminuir os níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue, assim como aumentar o colesterol bom HDL, reduzindo o risco de doenças cardiovasculares;

Ajudar no controle da diabetes, pois regula os níveis de açúcar no sangue;

Melhorar o funcionamento do intestino, por ser uma dieta rica em fibras;

Favorecer a perda de peso, devido à redução de calorias totais e aumento da quantidade de fibras da dieta;

Combater a retenção de líquidos, pois é uma dieta rica em água e minerais, como potássio e magnésio, que aumentam a produção de urina, eliminando o excesso de líquidos acumulados no corpo.


Podemos concluir que a dieta low carb possui vários benefícios para a saúde e é importante que seja bem auxiliada por um profissional da saúde como uma nutricionista, para não se transformar em um vilão. 


Estagiária: Giovanna Tritapepe Cerutti 

Referências:

https://www.hsph.harvard.edu/nutritionsource/carbohydrates/low-carbohydrate-diets/

https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2018/06/080_beneficios.pdf






terça-feira, 16 de abril de 2024

Tríade da mulher atleta e RED-S

  Tríade da mulher atleta e deficiência energética relativa nos esportes (RED-S)

A tríade da atleta feminina, descrita inicialmente em 1993 e definida conceitualmente em 1997 pelo American College of Sports Medicine (ACSM), baseava-se na presença de transtornos alimentares, amenorreia e osteoporose. Em 2007, foram definidos 3 novos componentes: baixa disponibilidade energética (LEA), disfunção menstrual e alterações na densidade mineral óssea. Posteriormente, concluiu-se que a existência de todos os elementos para seu diagnóstico era não é essencial, pois existe uma variedade muito grande de incidência para cada um e depende do tipo de esporte, o que pode levar a subdiagnósticos. Portanto, desde 2014, após reunião com o Comitê Olímpico Internacional (COI), foi alterado para deficiência energética relativa no esporte (RED-S), atendendo à necessidade de uma abordagem holística. 

Este novo conceito permite identificar a deficiência energética como chave para a perturbação de diversas funções fisiológicas de diferentes áreas, como reprodução, óssea, endócrina, metabólica, hematológica, crescimento e desenvolvimento, fisiológica, cardiovascular, gastrointestinal e imunológica, com consequências para o desempenho e saúde do atleta em geral.

A deficiência energética relativa no desporto consiste num estado de baixa disponibilidade energética que afeta principalmente jovens atletas, com consequências potencialmente prejudiciais e irreversíveis para a sua saúde. Sua prevalência é subestimada pela falta e diagnóstico tardio devido ao conhecimento deficiente dos sinais e sintomas. É crucial e urgente promover a divulgação entre os diferentes profissionais, estendendo-se aos atletas e seus familiares, de forma a aumentar o estado de alerta para esta patologia, permitindo a sua prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado.

Fonte acessada em 16/04/2024, https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34077990/. Site https://www.thieme-connect.de/products/ejournals/html/10.1055/s-0041-1730289.






Qual o papel dos suplementos nutricionais na dieta esportiva

 

 



O desempenho, a recuperação e a saúde geral de um atleta podem ser maximizados por meio da suplementação nutricional na dieta esportiva. É importante saber que os suplementos não são um substituto para uma dieta saudável e que devem ser usados ​​com moderação e sob orientação profissional adequada.

Abaixo alguns suplementos que são comumente encontrados e suas funções:


Proteína em pó: As proteínas são grandes aliadas para o crescimento e reparos musculares. Para garantir uma ingestão adequada de proteínas, os suplementos de proteína em pó são úteis, especialmente após o treino, quando a síntese muscular aumenta.


Aminoácidos BCAA: Os aminoácidos essenciais chamados BCAAs, incluindo valina, leucina e isoleucina, têm a capacidade de apoiar a recuperação muscular e reduzir a fadiga e a manipulação muscular durante o exercício físico pesado.

Creatina: Atualmente existem estudos que associação o ganho de desempenho em exercícios de alta intensidade e curta duração, como levantamento de peso e sprint, ao uso da creatina. Ela permite treinos mais intensos e uma recuperação mais rápida entre as séries porque aumenta a produção de energia nos músculos.

Cafeína: A cafeína é um estimulante que pode aumentar a resistência e o alerta mental. Os atletas costumam usá-lo para recuperar energia antes de treinos ou competições.

Carboidratos: Durante exercícios prolongados e intensos, suplementos de carboidratos, como géis e bebidas esportivas, ajudam a manter o nível constante de glicose no sangue e retardam a fadiga muscular.

Minerais e vitaminas: Em atletas que têm deficiências ou dificuldade em obter nutrientes suficientes através da dieta, é possível tomar suplementos de vitaminas e minerais como magnésio, cálcio , ferro e vitamina D. Eles são importantes para a saúde óssea, o sistema imunológico e o metabolismo energético.

É importante ressaltar que nem todos os atletas precisam de suplementos; A necessidade de suplementação pode variar dependendo do objetivo do atleta, do tipo de esporte, da intensidade do treino, da dieta e de outros fatores relacionados à saúde.  

Estagiaria: Francisca Viturino

 

DE REZENDE GOMES, M.; TIRAPEGUI, J. Relação de alguns suplementos nutricionais e o desempenho físico. Archivos Latinoamericanos de Nutrición, v. 50, n. 4, p. 317–329, 1 dez. 2000.

segunda-feira, 15 de abril de 2024

Influência da menopausa no Índice de massa corpórea

A menopausa é um processo natural no qual a mulher passa por mudanças hormonais e físicas. Segundo a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome metabólica (ABESO), a menopausa pode causar obesidade devido a fatores como alteração na composição corporal, diminuição do metabolismo e aumento da resistência a insulina. 

Além além disso as alterações podem levar ao aumento da gordura corporal, aumentando a quantidade de gordura abdominal localizada. Essa condição pode elevar o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e outras doenças relacionadas a obesidade. Para prevenir e tratar a obesidade recomenda-se um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada e prática de atividades físicas. 

O ideal para todas as mulheres seria chegar a essa fase da menopausa com o IMC (Indice de Massa Corporal) entre 18,5 a 24,9, pois pessoas com o IMC acima de 25 entram no grupo de risco. É importante buscar a orientação de um nutricionista para acompanhamento adequado e continuo neste período de transição. 

Fonte: ABESO




Ultramaratonistas: Envelhecimento precoce e recuperação muscular, os desafios da nutrição !



Dentre os desafios encontrados pelos maratonistas, está a luta contra o envelhecimento precoce, e a lenta recuperação muscular. 

Isso acontece pelos mecanismos de estresse oxidativo (isquemia\reperfusão).

Tal atividade requer aumento de VO2 máximo (volume de oxigênio máximo) e controle do limiar do lactato para manter o ritmo. 

A oxidação dos componentes da hemoglobina, catecolaminas pela intensidade do exercício promovem cascata de reações metabólicas que produzem radicais livres.

Os EROS e ERN ( especies reativas ao oxigênio e nitrogênio) são importantes para modularem a captação da glicose, metabolismo mitocondrial, transcrição gênica e catabolismo muscular, porém o excesso causa estresse oxidativo, que é prejudicial a células.

Há também a possibilidade de reperfusão que promove alterações no metabolismo muscular causadas por dano celular, subsequente ao estresse oxidativo.

A nutrição é importante na reposição dos estoques de macronutrientes coordenados com sua atividade, sendo que a via + recrutada é a aeróbica, portanto tendo maior demanda por carboidratos, que devem ser ofertados em quantidades e qualidade adequada e coordenada ao momento do dia do atleta.

A lenta recuperação muscular sinaliza uma carência de proteínas e nutrientes, tempo adequado de descanso, e talvez falta de treino de força e não apenas de resistência. Mostra ainda uma alteração metabólica por baixo carboidrato e alto cortisol que inibe a síntese proteica e a lipogênese. 
Atenção também a hidratação ou hiponatremia. 

Os fatores acima podem  acontecer devido à a ausência de alimentos fontes de antioxidantes aliado à forte atividade de reperfusão que desencadeia grande volume de radicais livres e ativação da inflamação.  O saldo negativo de EROS x nutrientes antioxidantes favorece o estresse oxidativo e por consequência o envelhecimento precoce.

Devemos então, ter um profissional qualificado, como um nutricionista capacitado à área esportiva, para ajustar sua alimentação quanto a quantidade (macronutrientes) e qualidade (micronutrientes). Isso significa incluir alimentos antioxidantes, diversificados, ricos em frutas, verduras e legumes, contribuindo para o 1º, 2º e 3º sistema de defesa de antioxidantes. São eles: vitamina E, vitamina C, zinco, flavonoides, betacaroteno, selênio, cobre, magnésio e glutationa, e por fim, quando a base da alimentação estiver a contento, incluir os suplementos se assim for o caso. Os alimentos fontes de antioxidantes estão na tabela a seguir:

Antioxidantes

Alimentos

Vitamina C

Laranja, limão, goiaba e acerola

Vitamina E

Azeite de oliva, abacate e nozes

Betacaroteno

Cenoura, abóbora e mamão

Licopeno

Tomate, melancia e pitanga

Resveratrol

Mirtilo, uva roxa e cacau

Antocianina

Açaí, repolho roxo e jabuticaba

 

      




 
























Bibliografia:
  • Petry, É. R. et al - Suplementação nutricionais e estresse oxidativo. Imperfeições na atividade física e no esporte. Revista Brasileira de ciências do esporte. V 35, N4.P 1071-1092, out. 2013.
  • Amorim, A. G; Tirapegui, J.. Aspectos atuais da relação entre exercício físico, estresse oxidativo e magnésio. Revista de Nutrição, v.21, n.5,p. 563-575, set.2008. 
Estagiaras: 
  • Christiane Gallucci -FMU Nutrição -7 sem;
  • Giovanna Tritapepe Cerutti - FMU Nutrição - 7 sem.

quarta-feira, 3 de abril de 2024

Utilização do gengibre na dieta

 O gengibre, planta originária do sudeste asiático, é amplamente utilizado na culinária brasileira, principalmente em bebidas típicas de festas juninas, mas também tem sido muito utilizado medicinalmente por conta de seus inúmeros benefícios para a saúde.



Podemos ressaltar como exemplo: 

  • Ameniza e trata inflamações;
  • Reduz desconfortos gastrintestinais;
  • Auxilia na prevenção de gripes e resfriados;
  • Ameniza sintomas respiratórios como a tosse;
  • Tem poder antioxidante, reduzindo cólicas e dores musculares;
  • Auxilia no controle de náuseas e vômitos.
O gengibre pode ser incluso na dieta de diversas formas como: chás, tempero de saladas e carnes, em sopas e caldos, sobremesas entre outros. 
Por ser rico em vitamina B6, magnésio, potássio e cobre, é um grande aliado da saúde e beleza, além disso ele possui um potencial termogênico auxiliando no controle da obesidade. 
Dessa forma, podemos facilmente incluí-lo na dieta para diversos fins, de acordo com a necessidade e gosto do paciente. 

terça-feira, 2 de abril de 2024

Qual a função da creatina, e para que serve esse suplemento?

A creatina é um composto de aminoácidos responsável por trazer diversos benefícios para o corpo humano. Estudos mostram que a creatina pode aumentar a massa muscular, força e desempenho no exercício, além de efeitos positivos em doenças neurológicas e outras doenças crônicas. E serve como fonte  de produção de energia para as células musculares, de modo que melhora a força e o tônus muscular. Por isso, quem faz atividades físicas frequentes costuma suplementar essa substância. Além disso, ela pode trazer mais qualidade de vida e seus benefícios não são limitados a somente a área do esporte, mas com atuação em outros campos da saúde e para grupos específicos, como idosos, pessoas com doenças neurodegenerativas, tais como distrofia muscular, doença de Parkinson, e outras patologias como diabetes, osteoartrite e fibromialgia.

     É importante ressaltar que a suplementação de creatina tem sido extensivamente estudada e demonstrou uma série de benefícios para atletas, fisiculturistas e indivíduos com uma variedade de objetivos de condicionamento físico. Além do aumento do desempenho em atividades de alta intensidade, a creatina oferece os seguintes benefícios: 

  • Aumento de Força: A creatina tem um impacto direto no aumento da força muscular. Isso pode levar a melhorias significativas no desempenho de levantamento de peso e exercícios de resistência.
  • Recuperação Mais Rápida: A suplementação de creatina tem sido associada a uma redução na fadiga muscular e uma recuperação mais rápida após o exercício. 
  • Ganho de Massa Muscular: Algumas pessoas experimentam um aumento no volume muscular com a suplementação de creatina devido ao aumento do armazenamento de água nas células musculares e ao estímulo para o crescimento muscular. 
  • Melhora do Desempenho Cognitivo: Além dos benefícios físicos, a creatina também tem sido associada a melhorias no desempenho cognitivo e pode ter potencial no tratamento de distúrbios neurológicos. 
  • Apoio em Doenças Neuromusculares: A creatina também tem sido usada como um complemento no tratamento de doenças neuromusculares, como distrofia muscular, embora a eficácia varie de pessoa para pessoa.







A influência das dietas vegetarianas sobre o desempenho esportivo

                                    

Uma dieta vegetariana equilibrada, além de proporcionar uma oferta nutricional adequada, também promove saúde e previne inúmeras doenças crônicas responsáveis por perda de qualidade de vida e por diminuição da expectativa de vida. Há diferentes definições de dietas vegetarianas, como, por exemplo: a dieta vegana, que não contém nenhum produto de origem animal; a lactoovovegetariana, que inclui produtos lácteos e ovos; e a semivegetariana, que ainda inclui pequenas quantidades ou consumo esporádico de determinados tipos de carne, como peixes e aves. As dietas não vegetarianas, nas quais o consumo de carne é freqüente, são denominadas dietas onívoras.

Necessidades nutricionais:

Vegetarianos ingerem frequentemente grandes quantidades de carboidratos, fibras dietéticas, magnésio, potássio, folato, antioxidantes e fitoquímicos. É necessária maior atenção na dieta desses indivíduos, no que diz respeito à ingestão de cálcio, zinco, ferro e vitamina B12.

De acordo com o posicionamento do American College of Sports Medicine (ACSM), a baixa ingestão energética pode resultar em perda de massa muscular, distúrbios no ciclo menstrual das atletas, perda de massa óssea e aumento do risco de desenvolverem fadiga e lesões. Ainda segundo o ACSM, a ingestão energética de atletas de endurance deve ser de 3 000 a 5 000kcal/dia. Atletas de força usualmente necessitam, minimamente, de 50kcal/kg/dia, que representa 3 500kcal/dia para um indivíduo de 70kg.

Segundo Williams, a deficiência energética não representa grande preocupação para os vegetarianos, mas é necessária atenção especial para que se alcance uma ingestão adequada de energia, caso contrário o desempenho pode ser prejudicado.

Atletas de endurance necessitam de dieta rica em carboidratos para otimizar os estoques de glicogênio muscular e hepático. Para esses indivíduos, a ingestão diária de carboidratos deve ficar na faixa de 500g a 800g (8 a 10g/kg/dia), e representar 60% a 70% da ingestão energética diária total.

Segundo Fogelholm, a exclusão de carne da dieta não prejudica o desempenho em exercícios repetidos de curta duração. Já a redução da ingestão de proteínas e o aumento de carboidratos durante 3 a 5 dias podem resultar em uma melhoria de desempenho em exercício anaeróbico com duração de 2 a 7 minutos.

Quanto à ingestão proteica, vegetarianos normalmente apresentam valores mais baixos, quando comparados a indivíduos não vegetarianos. Além disso, a qualidade das proteínas de origem vegetal é considerada de baixo valor biológico, visto que são incompletas quanto à composição de aminoácidos.

A quota dietética recomendada (RDA) de proteínas é de 0,8g/kg de peso por dia. Sabe-se, porém, que atletas de força e endurance necessitam de uma maior ingestão proteica, quando comparados à população saudável sedentária. É indicado que atletas de força, potência ou velocidade aumentem a ingestão para 1,7 a 1,8g/kg/dia, e atletas de endurance para 1,2 a 1,4g/kg/dia.

Os níveis de creatina intramusculares dos vegetarianos são mais baixos, o que pode afetar o rendimento em exercícios supramáximos. Em contrapartida, a suplementação de creatina monohidratada pode proporcionar maior efeito ergogênico nesses indivíduos.

É de suma importância que uma dieta vegetariana seja bem planejada e acompanhada por um nutricionista, para manter o equilibrio em termos nutricionais.  


https://www.scielo.br/j/rn/a/KS3Vtdkt9bF7kYgfLCWHddC/

segunda-feira, 1 de abril de 2024

Como a Nutrição Pode Contribuir para o Tratamento do Autismo e TEA?

 

Cada ser humano é único e especial, e todos nós possuímos diferentes tempos de aprendizado e diferentes meios de enxergar e interagir com o mundo. Essas diferentes perspectivas, antes de tudo, devem ser compreendidas, para que todos possam se sentir incluídos e tenham a possibilidade de desenvolver o seu potencial, de acordo com a sua individualidade. 


Afinal o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição complexa que afeta infelizmente o desenvolvimento das crianças em diversas áreas, incluindo a comunicação, o comportamento e a interação social. Inclusive, atualmente, a abordagem holística para o tratamento do TEA inclui a nutrição como um elemento crucial para melhorar a qualidade de vida dos pequenos, pois a relação entre a nutrição e o TEA tem ganhado reconhecimento devido a pesquisas que exploram como a dieta pode impactar o desenvolvimento e o comportamento de pessoas com autismo. “Muitas vezes, crianças com TEA apresentam sensibilidades ou intolerâncias alimentares que podem estar relacionadas a certos ingredientes, texturas ou cores. Isso acaba impactando suas escolhas e seus comportamentos alimentares. Por isso, a abordagem nutricional personalizada é importante, visto que ao tratar ou prevenir essas sensibilidades pode contribuir para uma dieta mais adequada e focada nas necessidades individuais. 
Os alimentos ricos em ômega-3, como peixes, sementes de chia e linhaça, têm propriedades anti-inflamatórias e contribuem com a melhora do funcionamento cerebral, além de auxiliarem no controle do comportamento e do humor. No entanto, é importante considerar que os resultados variam entre os indivíduos e que a consulta com nutricionista ou médico é essencial antes de iniciar qualquer suplementação.

Além disso, as frutas e os vegetais ricos em antioxidantes, como mirtilos, morangos, espinafre e brócolis, podem ajudar a proteger as células do cérebro e melhorar a função cognitiva. Incluir uma variedade destes alimentos na dieta é uma estratégia positiva para o suporte cognitivo. 
 Também é preciso manter uma ingestão adequada de proteínas magras, que são essenciais para o crescimento das crianças com TEA. Frango, peru e ovos, por exemplo, fornecem aminoácidos necessários para o desenvolvimento do cérebro e a função neuromuscular. Compreender o impacto dos alimentos na qualidade de vida desses pequenos é um passo importante em direção à inclusão e ao bem-estar deles. A sociedade deve estar ciente de como a nutrição desempenha um papel significativo na vida das crianças com autismo.